TRE DIVULGA LISTA DE INELEGÍVEIS

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) divulgou a lista de políticos cassados pela Justiça Eleitoral do Pará e que se tornaram inelegíveis por três anos. A maioria prefeitos e vice-prefeitos, além de uma vereadora de Chaves e do vereador da capital, Nadir Neves, que em 2006 concorreu ao cargo de deputado estadual, ficando como suplente do PTB na Assembleia Legislativa.


O que mais chama a atenção na lista do TRE é que dos prefeitos e vice-prefeitos cassados por problemas com a Justiça Eleitoral, a maior parte se mantém no cargo, através de liminares concedidas pelos próprios membros do TRE.

CONDENADOS

É o caso do prefeito e vice-prefeito de município de Chaves, Ubiratan de Almeida Barbosa e Pedro Maurício Steiner, respectivamente, além da vereadora e esposa do prefeito, Vera Lúcia Barros. Os três foram condenados em 2009 por compra de votos, tiveram os diplomas cassados pelo juiz local, recorreram ao TRE que manteve a sentença, mas o desembargador João Maroja acatou uma medida cautelar impetrada por eles, concedendo liminar que os mantêm na função.

Vildemar Rosa Fernandes e Raimundo Monteiro de Freitas, prefeito e vice de São Miguel do Guamá, também tiveram os registros de candidatura cassados em abril de 2009, além de ficarem inelegíveis por três anos. Mas a sentença foi condicionada ao trânsito em julgado do processo e os dois continuam nos cargos.

Em Bujaru, a prefeita Maria Antônia da Costa e o vice José Valdir Marques também foram condenados por compra de votos, multados e tiveram os diplomas cassados. O segundo colocado Emanuel

Muniz, prefeito, e Erivaldo Monteiro Marques, vice, assumiram o cargo e também já foram denunciados e condenados também por compra de votos na campanha de 2008. Na lista divulgada ontem, o TRE incluiu a primeira colocada e o segundo como condenados por compra de votos.

Em Conceição do Araguaia, o prefeito Álvaro Xavier e Wanderlândia Aquino são mantidos no cargo, apesar da cassação em dezembro de 2009 por abuso de poder econômico. O prefeito de São Félix do Xingu, Antônio Paulino da Silva, e sua vice, Rosana Cristina Pereira, tiveram as contas rejeitadas pela Câmara de Vereadores, decisão que cassou seus mandatos, mas o TRE os mantém nos cargos até o julgamento final do processo pendente no próprio órgão