quarta-feira, 23 de junho de 2010

MORRE UM DOS ÍCONES DO FUTEBOL DE MARABÁ

Com certeza Marabá estar mais triste. A morte do filho ilustre, o desportista Paulo Marabá, provocou na população marabaense um profundo sentimento de tristeza e saudade. Paulo era uma pessoa muito querida e respeitada pelos desportista da cidade, que tinham nele, todas as refêrências de um pai exemplar e um esposo dedicado, sem contar que fora espelho para as novas gerações de jogadores locais, que assim como ele, se tornarm, uma dia, profissionais de futebol. Pra quém não sabe, Paulo foi o primeiro jogador da cidade a envergar uma camisa de uma time profissional, a da Tuna Luso Brasileira.

Depois de encerrar a carreira como jogador, Paulo voltou pra Marabá, onde passou a trabalhar como técnico de futebol da ACROB, um dos times mais tradicionais do município, onde conseguiu vários títulos de campeão. Foi também treinador da Seleção Marabaense de Futebol, técncio do Águia, incentivador e treinador de escolinhas de futebol para crianças e adolescentes. 

Conheci Paulo, em 1972, quando vim de São Félix do Araguaia (MT) para passar um mês em Marabá e acabei ficando seis mêses na cidade. Nesse período fui apresentado ao Paulo e ao Nonato Paixão que se tornaram meus amigos. Foram eles que me levaram para jogar na ACROB.

Na primeira vez que eu vi Paulo pegar na bola, logo imaginei que se tratava de um excepcional jogador de futebol. Quis, então, saber o porque dele ainda não estar jogando num grande clube do Brasil, pois futebol ele tinha pra isso. Paulo apenas sorriu como que desaprovando minha intensão. 

Anos depois, já de volta ao Mato Grosso, fiquei sabendo que Paulo Marabá se tornara profissional e estava jogando na Tuna Luso, de Belém. Fiquei feliz com a notícia, que só veio confirmar o que eu antes havia previsto a respeito da qualidade técnica dele.

Por força do destino, em 1984 eu voltei a Marabá, dez vez para ficar, ia trabalhar na Rádio Itacaiúnas, e enquanto o Hiroshi Bogea terminava de instalar a emissora, fui ajudar meu cunhado num mercadinho, na Avenida Antonio Maia.

Nesta segunda passagem minha por Marabá, onde fiquei por nove anos, a minha amizade com o Paulo e o Nonato Paixão só cresceu. Eles, juntamente com Pedro Pires, foram grandes incentivadores do meu trabalho na rádio. Por causa desse incetivo, aliado, também, ao apoio de pessoas importantes como Rubens Cavalcante, Mestre Barata, Oséias, Yure, Claudio Pinheiro, Bené, Luzimar Brito, e tantos outros, houve uma grande evolução do futebol de Marabá. Me recordo que 1987, na decisão do primeiro turno do campeoanto marabaense, conseguimos colocar 3.562 pagantes dentro do Zinho Oliveira para ver Acrob x Marabá. Era tanta gente que o estádio parecia um formigueiro, prova inconteste da força do rádio e das pessoas que comandavam o futebol da época, foi um fato nunca visto antes na cidade.    
       
Em 1993 deixei Marabá e vim morar em Xinguara, onde estou até hoje. Da cidade dos castanhais ficaram várias lembrança que o tempo ja mais conseguirá apagar. Uma delas foi meu compadre Paulo Marabá, meu grande amigo, meu irmão, pessoa a quem eu tinha a maior consideração, o maior apreço e a maior admiração.

Para dar o ultima adeus ao meu compadre, fui a Marabá, nesta terça-feira, onde seu corpo foi sepultado no cemiterio local, sob comação dos amigos, parentes e admiradores.

Paulo Marabá deixa a esposa Venoca e os filhos Paulinho (meu afilhado), Kelly e Mônica.

Quero aqui deixar uma sugestão ao prefeito e aos vereadores de Marabá, que o novo estádio de futebol da cidade se chame Paulo Marabá, homenagem mais do que justa para quém representou tão bem o nome da cidade no cenário futebolístico regional.

MORRE O HOMEM E FICA SUA HISTORIA

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