Manifestantes da Reserva Indígena Apiterewa mantém a rodovia PA 279 interditada, próximo a Ourilândia do Norte. O protesto que tem quatro dias de duração vem causado dificuldades e transtornos tanto para quem mantém a estrada bloqueada como quem precisa dela para viajar e transportar produtos e mercadorias.
Uma comissão de colonos que foi a Brasília tentar uma saída negociável com o ministro da justiça, não teve êxito. As negociações fracassaram e eles estão retornando hoje sem solução aparente.
Por causa do bloqueio da rodovia, já começa faltar combustíveis nos postos de Ourilândia, Tucumã e São Felix do Xingu. Uma carreata em favor do Estado de Carajás, marcada para a tarde desta quinta-feira, em Tucumã, poderá não acontecer por falta de gasolina.
Há informações de que algumas pontes da estrada rural que liga Ourilândia do Norte a Bannach, que vinha servindo de rota para os veículos fugirem do protesto, teriam sido queimadas por membros da manifestação, isolando ainda mais a região.
Como a paralisação já perdura por quatro dias, e os manifestantes tem intenção de continuar bloqueando a estrada, corre o temor de que tropas estaduais possam ser usadas para fazer o desbloqueio da rodovia, já que a manifestação está prejudicando a população de todos os municípios da PA 279, que está isolada e sem comunicação terrestre com o resto do país.
Os colonos afirmam terem motivos de sobras para realizar o protesto. Eles disseram que a expulsão deles da reserva Apiterewa, onde a maioria vive e trabalha há mais de 30 anos, não pode ser nas condições que o governo federal oferece. Eles reclamam também que as indenizações oferecidas a eles pelo governo são irrisórias e longe do que eles merecem receber.
As filas de carros que haviam se formadas nos dois sentidos da estrada, nos primeiros dias de protesto, diminuíram muito. Alguns veículos que estavam na parte sul do bloqueio voltaram para Água Azul do Norte, e os que estavam na parte norte retornaram para Ourilândia, mas ainda há filas nas nos dois sentidos da pista aguardando o momento de passar.
2 comentários :
Estávamos de viágem para o município de São Félix do Xingu e retornamos no dia 27 quando a referida PA já estava bloqueada, ao chegar no local vimos que não seria possível passar, voltamos para Ourilândia e tomamos o desvio. A estrada é boa e naquela data não havia impedimento para transitar, havia uma ponte queimada, mas não deixamos de passar pois havia no local uma ponte de metal por onde conseguimos passar. O movimento na estrada era intenso, inclusive de caminhões carregados. O desvio tem uma extensão de 135 (cento e trinta e cinco) quilômetros até Água Azul. Quem for utilizar o desvio deve ficar atento pois pode se perder, aconselhamos ir se informando nas fazendas. Deixo a minha indignação pois quem sofre é a própria população das cidades próximas. As leis existem para serem cumpridas. Se as terras indígenas foram invadidas, devem ser devolvidas aos índios, no entanto, os fazendeiros tem também o direito sobre aquilo que construiram, justiça deve ser feita com responsabilidade. Deixo meu apoio à criação dos novos Estados no atual Pará pois no território proposto para os novos Estados hoje estão esquecidos pelo poder público. Não há fiscalização das leis de Trânsito, as cidades são abandonadas à própria sorte sem nenhuma infra-estrutura e a população padece. Apesar de residir em Goiânia digo sim no referendo e tenho certeza que todo o Estado do Pará também dirá.
A população apoiou o movimento dos colonos da referida reserva. Antes não era reserva depois que os colonos foram assentados foi criada a reserva. Que pena que nesse pais para as coisas acontecerem o povo tem que pressionar dessa forma na pressao já que seus direitos sempre são negados por aqueles que tem o dever de garanti-los.
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