Marcados para morrer

Delegado José Orimaldo da Silva

O delegado José Orimaldo da Silva, da Delegacia de Polícia de Xinguara, em entrevista a imprensa, na tarde desta terça-feira, falou sobre uma suposta lista com nomes de pessoas de Xinguara que estariam marcadas para morrer.

Entre os nomes citados consta os de policiais civis e militares e também de acusados de tráfico, e que a lista teria sido feita bem antes dos assassinatos em série que aconteceram na cidade nos últimos 35 dias, onde seis pessoas foram brutalmente assassinadas, sendo uma delas com 23 tiros, que faziam parte da tal lista.

O delegado começou a suspeitar e investigar que os crimes tinham os mesmos moduos operandi, ou seja, as vítimas morreram com tiros na cabeça, e as armas usadas pelos assassinos eram pistolas calibre 380 milímetros.

Quanto ao motivo de policiais civis e militares, constar da suposta lista, o delegado José Orimaldo explicou que possivelmente isso seria uma represália dos traficantes ao trabalho policial feito em apreensão de grande quantidade de drogas e na prisão de acusados.

“Pra se ter uma ideia da ação policial, no mês passado, em um único local, foram apreendidas 500 pedras de crack que estavam prontas para serem comercializada pelos traficantes, isso fora a apreensão de drogas em menores quantidades feitas nos municípios de jurisdição de Xinguara. Então, pelos que estamos sentindo, o trabalho deu grandes prejuízos aos traficantes, que pelo visto, querem intimidar a polícia”, disse o delegado.

José Orimaldo informou que da suposta lista fazem parte os nomes de dois investidores da Delegacia de Xinguara, o IPC Sílvio e o escrivão adhoc, João Rosa. Um policial militar, que por questões de segurança, o comando do 17º BPM pediu para que não fosse divulgado na matéria, também estaria marcado para morrer.

O delegado disse ainda que o nome da testemunha que contou pra ele, com riqueza de detalhes, sobre a suposta lista, vai permanecer em sigilo até que as investigações avancem e tudo seja devidamente esclarecido.