sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

ANUAR É AFASTADO POR DESVIO DE VERBAS

O Prefeito de Canaã dos Carajás, Anuar Alves, foi afastado do cargo na manhã desta quinta-feira, por volta de 11:30hs. O afastamento foi determinado pelo Juiz da Comarca de Canaã, Lauro Pontes Jr., atendendo um pedido de liminar impetrado pelo Ministério Público representado pela Promotora de Justiça Renata Lisboa.

No mesmo instante foi empossado no cargo de Prefeito,  o vice prefeito Itamar Francisco da Silva, acompanhado por oficiais de Justiça e um forte esquema de segurança montado pela Policia Militar ele chegou ao Prédio da Prefeitura para assumir o cargo.

Os funcionários foram surpreendidos com a presença da Policia Militar que dava apoio num cumprimento a Ordem Judicial. Ninguém sabia o que realmente estava acontecendo. Foi decreto ponto facultativo e os funcionários tiveram que desocupar o prédio da Prefeitura. Uma reunião com os secretários foi convocada imediatamente. A medida foi tomada para evitar que documentos de interesse investigatório desaparecessem. Mesmo assim houve uma denuncia de que no SAAE, autarquia responsável pela distribuição da água na cidade, funcionários saíram pelos fundos carregando dezenas de documentos. A Policia foi ao local, mas não encontrou nenhum indicio aparente para confirmar a denuncia. A Policia Militar contou com o reforço da Cavalaria de Marabá e de duas equipes do Grupo Tático de Parauapebas e de Marabá.

O afastamento é baseado na denuncia do Ministério Público de desvio de verbas e improbidade administrativa relacionado ao contrato com a empresa Construtora Meio Norte-CMN, segundo a Justiça a empresa foi contratada para pavimentar várias ruas da cidade num total de pouco mais 157.082,50  metros quadrados de pavimentação, mas apenas 163 metros de extensão, em apenas uma rua, foram identificados pela investigação do MP e ainda de péssima qualidade. Mas segundo a investigação R$ 17 milhões teriam sido pagos à empresa. A investigação do MP também identificou um superfaturamento de pouco mais de 131% com base nas planilhas da Prefeitura e com preços praticados e recomendados pelo DNIT e pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Preços e índices da Construção Civil. O afastamento é preventivo e deve durar 60 dias até que a investigação seja concluída. Mas outros processos por improbidade contra Anuar Alves estão na Justiça em fase de conclusão.

A Justiça também determinou o bloqueio dos bens de Anuar Alves até o valor de R$ 14.859,000,00 e da empresa CMN em até 30% do patrimônio Jurídico até o valor limite também de R$ 14.859,000,00.  Anuar também terá o sigilo bancário quebrado no período de março de 2010 a dezembro de 2011. (Reportagem: Josélio Reis)

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